domingo, 5 de dezembro de 2010

Qual a sua idade?

Numa conversa, em geral, primeiresca, os recursos fáticos, que se atêm na perspectiva de criar com seu interlocutor um diálogo, entram em ação. É um tal de “Oi!”, “tudo bem?”, “qual seu nome?”, “onde mora?”, “trabalha, estuda?”... Enveredando-se nos confins de tantas perguntas em que se objetivam respostas infindas e concretas, eis que surge ela, a principal, a “mater”, a mestra. Aquela que, na maioria dos casos, determinará conceitos, relações, pré-conceitos e que, embora aparentemente de resposta concreta, esconde-se em si mesma o mais profundo significado abstrato: “qual a sua idade?”.

Aí está a ferramenta a qual busco externar: a idade.

Engraçado é que muitos, ou mesmo a maioria esmagadora, contentam-se ao ouvir: minha idade é X. Contentam-se no sentido de querer resumir uma pessoa a sua idade, de quantificar numericamente e aceitar pacificamente esse produto-resumo proposto por sei lá quem.

Apesar de estar primordialmente nos recursos fáticos primeiros, vê-se também diante de pequenos diálogos e discursos segundos que essa relação temporal quantificada ainda é muro/entrave construtor de barreiras e laços, por vezes indestrutíveis na sociedade hodierna (o que há muito já tem mudado, ainda que não assuma quantidades expressivas).

Pois bem, o campo semântico da Idade, para mim, é muito mais abrangente e complexo do que se pensa. Daí dizer que também o é abstrato. A abrangência e complexidade são percebidas no campo mental, psico-intelectual, de cada Ser/Cidadão. Logo, um cidadão é visto como produto formado e em constante transformação de sua vida, graças às experiências individuais ou compartidas, as quais acarretaram na formação de uma pessoa particular, diferenciada, independente do seu tempo no mundo.

Assim, a idade material seria mais bem equacionada quando se percebe o todo envolto nas partes, sendo o todo olhado no âmbito do enriquecimento social, intelectual, experimental, natural, tangível, maduro e as partes, pequenos fragmentos matemáticos ditados desde o dia de seu nascimento.

Deste modo, como julgar uma idade concreta e trazer rente a ela conceitos pré-formados? Fazendo-se a análise mais profunda, cai por terra essa quantificação apenas temporal e mesquinha imposta pelas sociedades de outrora e vigente atualmente.
Alvorece então um novo refletir. Aquele que tange o transcendental, o metafísico, no tocante à idade. Bem lá no mundo das ideias, lembrando Platão, no qual as coisas são belas e nessa perpetuação de presentes-contínuos como dizia Agostinho, sendo, pois, esse imbricamento capaz de dar uma visão senão, também, mítica do processo formacional identitário anumerado.

Bem já dizia Wolfgang Iser em sua tríade que real, ficcional e imaginário estão interligados, bem como teorias sistemáticas e complexistas que expõem as interconexões dos eventos. Diante disso, o mundo das ideias não existiria sem o mundo das coisas palpáveis; o presente-passado e presente-futuro ficariam presos em um entre-lugar (numa alusão a Homi Bhabha) desconhecido, o nada, caso não existisse presente-presente.

Isto posto, não se pode afirmar ou julgar as coisas/pessoas simplesmente por significados meramente quantitativos que ludibriam a concretude dos fatos. Por mais que pareçam exatos, falta ao homem pós-moderno a sabedoria para lidar não só com o imanente, mas transcender aos obstáculos, muros e significados, mesmo os mais corroboradores possíveis. Só assim, transcendentalizando, imbricando o real ao imaginário e vice-versa, percebe-se que o abstrato se torna mais confiável, admirável, consequente e paradoxalmente, mais concreto.

Portanto, a idade material inexiste. Ela é apenas produto da nossa psiquê. Assim, por ser dita apenas de forma temporal, esquece-se que, segundo Einstein, o tempo é relativo. Sendo unicamente essa visão unidirecional também relativa, o que comprova minha tese. Todavia, por estar na psiquê podemos extrair todas as relações das mais abstratas possíveis e interconectá-las a fim de obter melhores resultados comprobatórios e concretos do que meros números indefinidos, incapazes de determinar, por completo, a natureza de um ser tão complexo por natureza.

Erlei Morbeck 18/11/11

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Grato!

quarta-feira, 31 de março de 2010

'PraGe'


Ah! Esses teus labirintos: tão verdes, tão lindos.
Fico perdido nesse oceano em que me encontro
É apenas um ponto em plena imensidão.
Ah! Quão mais perdido sei que estou,
Mais quero adentrar com veemência nesse submundo
Chamado você.

E olhar de dentro de ti e ver o nós,
Em pleno reflexo de um eclipse lunar
Traduzindo, num espaço virginal, nas nuvens,
As mais belas frases que posso te dizer.
Decifrando em essência todo meu
Simples-complexo-puro-demasiado amor.

Voa, bate asas meu passarinho
E vem sempre pra perto de mim.
Encosta neu e não mais se vá.
Completa meu coração
Que repleto de você já está!

Ó minha estrela,
Que como astro maior ilumina minha humilde vida.
Traz o teu brilho repleto só para mim,
Para que na fonte de tua luz eu possa descansar,
Senti-me seguro ao te contemplar.

Brilha! Brilha os teus olhinhos pra mim
Brilha! Para que eu possa refletir os teus olhos assim
Brilha! Para que eu não mais me esqueça do teu brilhar
Brilha! Para que sempre eu tenha onde te buscar


Ah!... O amor!... Tão cego, tão vivo, tão excepcional,
Tão eu, Tão você, Tão amor, Tão nós!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Eis o pobrema do excritor


O pobrema do excritor
são indentificar os pobrema dos testos dos otro
e não comcegui indentificar os vassilos dele mesmo.
Pur que o portuges é tãom dificiu para os otro
e tãom faciu para min?
Eh, axo que vou acabar imsinano hà grámàtica!